Final de dezembro e aquela rotina semanal Campinas São Paulo continuara, e eu lá colocando o Mit’ na estrada todo dia!
Em uma noite em que fiquei até um pouco mais tarde no cliente, peguei a rodovia dos Bandeirantes por volta das 24:00h totalmente livre... Ai, já viu! Noite clara, pista limpa, carro estável. Essa formula só poderia dar em 220 KMh!
Então ta, aplicada a formula, vinha eu calmamente pela faixa da esquerda, quando ao longe avisto um minúsculo vulto negro no canto direito da faixa, deu tempo de identificar o pedaço de pneu de caminhão com cerca de 15 cm e também de fazer a opção de não alterar o percurso para não desestabilizar a trajetória do possante, afinal o que um resto de pneu poderia fazer?
Ah! E o buraco do Gato? Maldito Gato...
O resultado foi extremamente intrigante, quase lúdico.
O pedaço de pneu rodopiou dentro da caixa do pára-lama e como num passe de mágica adentrou o habitáculo do motor pelo pequeno buraco na proteção (Gato Filho da @#&%), no mesmo momento foi possível um ouvir o grito agudo das correias patinando e como uma rajada de metralhadora os pistões baterem seco qual houvessem sido banhados com areia. Sem hesitar bati a mão na chave, já que não havia carros num raio de pelo menos 4 KM, desliguei o possante e direcionei o volante ainda mole para o acostamento da direita.
Desci do Mit’ e após um suspiro profundo (Fuuuuuuu... D. U!), acendi um cigarro e sentei no capo ainda quente para pensar um pouco no acontecido...
Em questão de minutos, antes mesmo de eu abrir o capo para ver o que havia acontecido (Ta, faltou coragem), encostou um furgão de apoio da rodovia.
Desce do furgão um rapaz com sorriso no rosto e rapidamente vai inferindo.
- Boa noite tudo bem?
Antes que eu pudesse responder ele completou...
- Recebi uma chamada da central que me passou que seu carro fez uma faisqueira e havia parado nesse trecho da estrada, como eu estava me encaminhando nessa direção fui convocado para atendê-lo.
Expliquei para ele o ocorrido enquanto abríamos o capo, para ver se havia algo a ser feito. Ele munido de uma lanterna pôs-se a sorrir e proferiu uma frase antológica de um desenho do pica-pau!
- “Em todos estes anos nesta indústria vital essa é a primeira vez que isso me acontece!”.
Bastou eu bater o olho para perceber que realmente não se vê isso todos os dias... O pneu passou pela proteção, bateu na correia do alternador intrigantemente soltou um fio do arame que se enrolou entre a bomba de óleo e a polia, fazendo com que ela travasse... Ta ai o rajar do motor... Com um alicate pequeno tiramos o arame do eixo da polia e aparentemente tudo funcionaria... Realmente ao dar a partida tudo funcionou, nenhuma luz acesa nenhum barulho contundente, tudo bem! Tudo bem? Voltei para a estrada com o som desligado e com a velocidade reduzida para poder atentar aos sonidos do possante... Tudo bem?
Só ate eu perceber que ao segurar uma rotação sem puxar ou reduzir a potencia um grilo aparecia bem ao fundo...
Pensei – Bielou! E isso vai doer! No bolso...
Continua.....
"Lancer Loading..."
O alternador... sempre o alternador... Tudo bem que dessa vez a culpa não foi dele, mas ele estava envolvidíssimo na história, não temos como mascarar isso. Rsss
ResponderExcluirSabe o que fiz qdo acabei de ler? Agradeci a Deus por não ter pego carona com vc nesse dia! 220/h, mino? Eu teria infartado.
Ler essa história me dá saudade de vc no projeto... :(