Cala-me o desejo de estar em ti,
Soa-me um grito surdo de vontade.
O berrar do prazer visceral que senti,
Desse amor que vez parece tarde.
Um dizimar dos medos, cheio de medo,
O rasgar dos velhos papeis de parede.
Sinto frio de uma madrugada de inverno,
De esse louco amar doando-me em sede.
Fui buscar da fonte da única paixão,
O fomentar de meus pensamentos livres.
O destino como um mata borrão,
Pôs-me distante das madrugadas tristes.
E teus olhos brotaram em minhas manhãs,
Arrebatadores serenando meu acordar.
Senti doce orvalhar em folhas de hortelãs,
Um gotejar de sonhos à me encontrar.
Sem forças e sem preocupar-me com isso,
Deixei ponteiros de horas me acariciarem.
Por tempos pensei em um breve sumiço,
Mas os próprios momentos se escrevem.
E como essa infindável chuva torrencial,
Que se precipita simplesmente por existir.
Meus gestos e meu amor incontrolável,
São de tudo teu até meu tempo me consumir...
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