segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Longe…

bird_longe

Longe.

Meus olhos arenosos das leituras do dia,
Puseram-se doídos após treze horas.
Este tempo que se esvai sem valia,
Por meu peito que só, e longe só, choras.

Meus ouvidos que suportaram blasfêmias,
Selaram-se para os ruídos das noites.
Este sonido que me vem em ventarolas efêmeras,
Por meu sonho que só, em seus secretos deleites.

Seus cabelos de loiros à acinzentados,
Deixaste à mim como provas e legados.
Faz-me teu, sempre teu, num olhar amendoado,
Nos braços da chegada e em beijo açucarado.

Esta noite mais te quero, de teu gosto saciar,
Vou despir-me desta alma e ao longe te buscar.
Seu carinho me faz falta, falta de me encontrar,
Já corri por este mundo, mas em ti está meu lar.

Toalá!

L’(Max) 08.09.2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário