terça-feira, 5 de julho de 2011

Tonga da Mironga do Cabuletê

ditadura

Ano de 1970.Vinícius e Toquinho voltam da Itália onde haviam acabado de inaugurar a parceria com o disco "A Arca de Noé", fruto de um velho livro que o poetinha fizera para seu filho Pedro, quando este ainda era menino.
Encontram o Brasil em pleno "milagre econômico". A censura em alta, a Bossa em baixa.
Opositores ao regime pagando com a liberdade e a vida o preço de seus ideais.
O poeta é visto como comunista pela cegueira militar e ultrapassado pela intelectualidade militante, que pejorativa e injustamente classifica sua música de easy music.
No teatro Castro Alves, em Salvador, é apresentada ao Brasil a nova parceria.
Vinícius está casado com a atriz baiana Gesse Gessy, uma das maiores paixões de sua vida, que o aproximaria do candomblé, apresentando-o à Mãe Menininha do Gantois.
Sentindo a angústia do companheiro, Gesse o diverte, ensinando-lhe xingamentos em Nagô, entre eles "tonga da mironga do cabuletê", que significa "o pêlo do cu da mãe".
O mote anal e seu sentimento em relação aos homens de verde oliva inspiram o poeta.
Com Toquinho, Vinícius compõe a canção para apresentá-la no Teatro Castro Alves.
Era a oportunidade de xingar os militares sem que eles compreendessem a ofensa.
E o poeta ainda se divertia com tudo isso:
"Te garanto que na Escola Superior de Guerra não tem um milico que saiba falar nagô".
Fonte: Vinicius de Moraes: o Poeta da Paixão; uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

Tonga da Mironga do Cabuletê
Toquinho e Vinicius de Moraes
Eu caio de bossa eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa xingando em nagô
Você que ouve e não fala 
Você que olha e não vê
Eu vou lhe dar uma pala
Você vai ter que aprender
A tonga da mironga do cabuletê
A tonga da mironga do cabuletê
A tonga da mironga do cabuletê
Você que lê e não sabe
Você que reza e não crê
Você que entra e não cabe
Você vai ter que viver
Na tonga da mironga do cabuletê
Na tonga da mironga do cabuletê
Na tonga da mironga do cabuletê
Você que fuma e não traga
E que não paga pra ver
Vou lhe rogar uma praga
Eu vou é mandar você
Pra tonga da mironga do cabuletê
Pra tonga da mironga do cabuletê
Pra tonga da mironga do cabuletê

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Amor pelo Marido!!!

Enquanto isso, na delegacia:

Mulher:  Meu marido sumiu!!!
PolicialQual é a altura dele?
MulherEu nunca perguntei qual era a altura dele…
Policial:  
Ele é magro, é saudável?
Mulher:
  Não é muito magro... acho que é saudável...
Policial:  Qual a cor dos olhos dele?
Mulher:  Marron claro ou meio verde... Eu nunca prestei muita atenção…
Policial:  E a cor dos cabelos?
Mulher:  A cor dos cabelos dele muda de acordo com o sol que ele pega…
Policial: O que ele estava usando?
Mulher:  Terno,  ou talvez uma coisa mais casual, eu não vi quando ele saiu…
Policial:  Havia alguém com ele?labrador chocolate
Mulher:  Sim, meu cachorro!... Um Labrador chamado Calvin, amarrado numa coleira dourada, altura 80 cm , saudável, lindos olhos caramelos,  pelo marrom quase preto, a unha do seu dedão esquerdo estava um pouquinho lascada, ele nunca late, estava usando também uma linda roupinha dourada com listras azuis, ele não gosta de comida vegetariana, a gente come junto, a gente corre junto, muitas vezes ficamos só alí, lado a lado, fazendo companhia um para o outro…
e a mulher começou a chorar…


Policial
:  OK.Vamos procurar pelo cachorro primeiro!!!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A Nona disse No!

 

nonaOs médicos deixaram que os parentes levassem o Nono para a sua casa, para cumprir seu último desejo: o de morrer em casa, ao lado de seus queridos.

Foi para o quarto e as visitas foram se revezando para tentar consolar e dar conforto ao Nono em seu derradeiro momento.

De repente o Nono sentiu um aroma maravilhoso que vinha da cozinha.

Era a Nona tirando do forno uma fornada de cuca!!

Os olhos do Nono brilharam e ele se reanimou.

Então, o Nono pediu ao bisneto que estava ao lado da cama dele:

'Piccolo mio, va in cucina e pede um petzo de cuca pra Nona..' cuca

O guri foi e voltou muito rápido.

'E a cuca?' - perguntou o Nono.

'A Nona disse que no!'

'Ma per que no, porca miséria, ma que vecchia desgraciata! Que qüesta putana falô?'

'A Nona disse...que as cuca ....é pro velório !!!